O blog

Neste blog, tento descrever um pouco da rotina, descobertas, dificuldades, desafios, conquistas e principalmente as alegrias que esse esporte fascinante que é o triatlhon, me proporciona. Sou um atleta amador, amador porque amo o Triatlhon!

Espero que gostem!


Adriano Nascimento.




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Triathlon: Como iniciar?

   O principal motivo da criação desse blog foi divulgar o Tritathlon na região, além da minha rotina de treinos e competições nesse esporte. Nas postagens, sempre tento despertar o interesse em pessoas que, assim como eu um dia, vêem o Triatlhon como um esporte apenas para atletas profissionais ou super-atletas. É certo que treinar três modalidades diferentes, requer mais tempo, dedicação e disciplina do atleta. Encarar 10, 11 seções de treino por semana é um rotina complicada para a maioria, por diversos fatores que se diferenciam de acordo com as particularidades do indivíduo.  Além disso, a grande maioria dos atletas amadores buscam no esporte diversão, manutenção da saúde e convivência social, poucos optam ou tem condições de encarar uma rotina de treinos pesados em busca de perfomace dentro do esporte.

   Mas ai, fica a pergunta: O que realmente seria necessário para iniciar no Triathlon? Não sou a pessoa mais indicada para responder, por não ser especialista na área, porém tenho visto e me admirado com a diversidade de objetivos dos atletas dentro de uma mesma prova de Triathlon. Muitos e em alguns casos a maioria, não estão focados na performace e  sequer se importam em quanto tempo concluíram uma prova, nesse caso o mais importante é  participar. A poucos dias participei do Rotho IRONMAN Miami, e como já visto em outras provas, ficou a idéia que muito menos da metade dos 3000 atletas estavam ali para competir! É fato, que nossa rotina de vida nos leva a ser cada vez mais competitivos, e isso se aplica diretamente ao esporte, porém assim como a "pelada" do final de semana, o Triathlon tem muitos praticantes que tem a diversão, como a principal preocupação na hora da largada. E isso se aplica a provas das mais diversas distâncias.
   Estamos realmente diante de um paradigma, mas é animador saber que a cada dia, a idéia o triatleta precisa ser um "super-atleta", um "homem de ferro", está sendo superada e o número de praticantes desse fabuloso esporte aumenta rapidamente. Esse novo publico é formado exatamente por pessoas que buscam nesse esporte, uma forma de manter a saúde, aliviar as tensões do dia a dia e ainda enfrentar um desafio muitas vezes pessoal. Tudo isso de forma prazerosa e sem precisar ter que cumprir planilhas exaustivas e que buscam cada vez mais alavancar a rendimento do atleta. 

  Tenho conversado com muitas pessoas que se interesam em iniciar no Triatlhon, porém não sabem por onde começar. Acredito que o mais importante, seria ter um acompanhamento profissional, e isso hoje em dia é bem acessível. O grande número de asssessorias esportivas que já formam e acompanham atletas de Triatlhon, e a grande quantidade de informações disponíveis em revistas e sites especializados, reforça essa ideia. Porem, mesmo não sendo especialista no assunto, me atrevo a dar alguns palpites, conforme a seguir:

1 - Para ser um triatleta, entende-se que se é necessário dominar as três modalidades, que sempre são treinadas separadamente. Porém, fica a dúvida : Até que ponto, e o que realmente se entende por "dominar" uma modalidade? Logicamente, que isso deve estar diretamente ligado às pretensões do futuro triatleta quanto a seu resultado nas competições. Para os que pretendem apenas participar e concluir uma prova de Triatlhon Sprint,(750metros de natação + 20km de bike + 5km de corrida) por exemplo, o termo "dominar", na minha opinião, significaria "manter-se em movimento". Isso mesmo! Se manter nadando, pedalando e correndo, mesmo que com certa dificuldade as distancias da prova, em treinos separados, esse seria o primeiro passo.

No início, o desafio é manter-se em movimento. (2009)
2 - Não podemos esquecer que, na prova, o atleta deve fazer as três etapas, de forma simultâneas e ininterruptas, passando ainda pela T1 e T2 (transições), portanto é fundamental que o corpo esteja pronto para as mudanças repentinas de estimulos e esforços. Assim, entender um pouco cada etapa da prova é um ponto importante e que nos ajuda a trabalhar as particularidades de cada uma das modalidades dentro do Triathlon. Esse entendimento parte do principio que o triatleta não é apenas um nadador, ciclista ou corredor, mas tudo isso junto! O conjunto é que vai fazer a diferença. Assim, a união das três modalidades nos obriga a observar questões como por exemplo: Durante a natação, o esforço está concentrado nos membros da parte superior do corpo, assim essa área é priorizada no que se refere a circulação sanguínea, recebendo um maior volume de sangue. Outro fato é que, durante a natação o corpo do atleta se encontra na posição horizontal, facilitando um pouco a circulação, fazendo com que, apesar do esforço, a frequência cardíaca se mantenha em níveis não tão altos. Isso seriam detalhes que passariam despercebidos para um atleta de natação, mas o triatleta precisa, sair da água rapidamente (ou não) e seguir correndo (ou pelo menos andando) até a área de transição, pegar sua bike e sair para pedalar. Nesse momento uma brusca mudanças pelas demandas de oxigênio acontece, devido aos diferentes movimentos, esforços e posicionamento do corpo do atleta, que agora não mais nada, mas corre. O atleta chega a ficar um pouco tonto e com as pernas pesadas. Assim, entendendo essa mudança, o atleta precisa condicionar seu corpo a tal situação através de treinos específicos, que normalmente consistem em nadar e correr alternadamente e por algumas vezes consecutivas. Interessante é que na próxima transição (T2), o corpo que até então pedalava, novamente vai sentir uma grande "pancada", dessa vez até um pouco maior que a primeira, já que terá toda sua circulação sanguínea reconfigurada devido as mudanças nos músculos mais exigidos, e é normal novamente sentir um desconforto até que o corpo "arrume toda a casa". Novamente vemos a necessidade de treinamentos específicos de transição. Normalmente se indica uma corrida após o treinos de bike, uma vez por semana para que o corpo se acostume com a mudança da modalidade. Ainda durante o treinamento, outros fatores também podem e devem ser trabalhados, de forma especifica para o Triathlon, como a cadência certa durante o ciclismo, hidratação e nutrição, e não podemos esquecer dos treinos do momento da transição, que podem ajudar na T1 e T2.
Transições, fazem parte do treinamento. (2ª Prova 2009)

3 - Depois do atleta dominar as três modalidades e entender e treinar um pouco as transições, a questão psicológica é outro fator que irá pesar bastante na hora de estrear no Triatlhon. Tenho certeza que até para os mais experientes, o "friozinho" na barriga antes da largada é inevitável, porém auto-controle e a consciência de se estar preparado para largar, são fatores que irão ajudar bastante e são facilmente adquiridos durante o treinamento. A dúvida, e o medo do desconhecido são naturais em qualquer situação nova, porém enfrentá-los e vence-los é tão recompensador quanto à própria prova.

Enfim, acho que essas dicas podem ajudar um pouco, porém o mais recomendado é que se procure ajuda profissional, além de acompanhamento médico para qualquer atividade física que se deseje iniciar. E que nunca esqueçamos das palavras de nosso amigo Felipe Maia: "O importante é se divertir", e diversão o Triathlon nos proporciona de sobra!

Abraço a todos.

Adriano Nascimento.

2 comentários:

  1. Muito massa o texto, principalmente porque estou arrumando minha vida pra adentrar no triathlon. Quem sabe um dia não topamos num pós-treino pra você me dar umas dicas! =]

    Boa sorte.

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